Coração, Cabeça e Estômago, de Camilo Castelo Branco: uma Retórica do Gosto

Coração, Cabeça e Estômago, de Camilo Castelo Branco. / Mundiario
Coração, Cabeça e Estômago, de Camilo Castelo Branco. / Mundiario

Em que medida Camilo Castelo Branco pretendeu associar uma intriga estruturada pelo sentido do paladar a uma vasta reflexão sobre o gosto literário? Em que medida este romance se pode entender enquanto estratégia persuasiva de um retrato social?

Coração, Cabeça e Estômago, de Camilo Castelo Branco: uma Retórica do Gosto

Coração, Cabeça e Estômago, de Camilo Castelo Branco: uma Retórica do Gosto é unha tese de mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal). En Estudos Literários, Culturais e Interartes, foi orientada pela profesora doutora Maria Luísa Malato da Rosa Borralho. Este trabalho pretende estudar o romance Coração, Cabeça e Estômago de Camilo Castelo Branco, enquadrando-o na perspetiva retórica da fisiologia do gosto.

Em que medida Camilo Castelo Branco pretendeu associar uma intriga estruturada pelo sentido do paladar a uma vasta reflexão sobre o gosto literário? Em que medida este romance se pode entender enquanto estratégia persuasiva de um retrato social? O nosso trabalho está dividido em três partes de acordo com a divisão da obra: Coração, Cabeça e Estômago.

eunicefoto1

Debruçámo-nos sobre cada parte seguindo uma linha de leitura apoiada na simbologia: o Coração como núcleo da retórica sentimental, a Cabeça como núcleo da retórica da razão, e o Estômago como núcleo de uma fisiologia do gosto que ajuda a entender o sentimento da razão e a razão do sentimento. Cremos ter conseguido demonstrar, ainda que de forma abreviada, a intenção de Camilo em redigir com este romance uma reflexão sobre o género do romance e sobre o período romântico, em termos pouco usuais no século XIX, e antes da Questão Coimbrã.

As várias fases biográficas do principal protagonista, Silvestre da Silva, formam as três fases de uma dialética essencial para a compreensão e desconstrução do Romantismo, segundo Camilo Castelo Branco.

Comentarios