Portugal pede-lhe à UE que suspenda a construção do armazém nuclear que planeja Espanha perto da fronteira

Central nuclear de Almaraz, en Cáceres. / Foro Nuclear.
Central de Almaraz, en Cáceres. / Foro Nuclear

Como estava previsto, Lisboa apresentou esta segunda feira uma queixa perante Bruxelas pela intenção de Madrid de construir um aterro de resíduos nucleares sem ter feito estudo do impacto tansfronteiriço.

Portugal pede-lhe à UE que suspenda a construção do armazém nuclear que planeja Espanha perto da fronteira

Lisboa não se limitou a apresentar a queixa: também pediu à Comissão Europeia que decrete a suspensão de todos os atos necessários à construção do armazém, para que o levantamento da planta não se tornar já como um facto irreversível. Segundo o xornal Sermos Galiza, Portugal interpreta que Espanha viola as leis europeias ao impulsionar a construção do aterro da central nuclear de Almaraz sem ter feito os correspondentes estudos de impacto transfronteiriço.

Numa reunião decorrida em Madrid a semana passada, e segundo as informações fornecidas pela parte lusa, o Estado espanhol teria tentado endossar a realização do estudo ambiental a Portugal. Lisboa teria rejeitado a oferta com o argumento de que essa responsabilidade, segundo as normas comunitárias, cabe exclusivamente a Espanha.

Almaraz é uma central explorada por Gas Natural, companhia que estabeleceu um consórcio com Endesa e Iberdola para construir o armazém de resíduos nucleares, que ter-se-iam autorizados pelo Estado espanhol. O armazém estaria situado a apenas 100 quilómetros da fronteira.

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